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quarta-feira, 6 de julho de 2016

Resgatando-se apos o Panico!

Quem tem Síndrome do Panico sabe o quanto temos que nos privar de viver a vida da forma que levávamos antes do problema,são muitas regras que devem ser seguidas e dieta e medicações e medos que a gente se perde no meio do caminho, é como se perdêssemos o nosso eu,eu não sei vocês mas era assim que eu me sentia. Não podia fazer mais nada do que eu gostava de fazer enquanto estava com o problema e era sempre aquela preocupação de - sera que posso comer isso ou beber aquilo? melhor eu não ir naquele lugar, vai que me sinto mal em publico e pago mico? vai uma cervejinha ai? não posso, estou tomando medicação! Eu já não era mais aquela pessoa forte que não tinha medo de nada e que enfrentava tudo em busca dos seus ideais, eu agora era uma pessoa com medo,cautelosa,velha por dentro e isso era horrível para mim se sentir incapaz e eu achava que aquele pesadelo não teria fim nunca e que seria daquilo ali para pior e que realmente aquela Stefany de antes tinha se perdido ou estava presa dentro de mim nas algemas da Síndrome do Panico, eu achava que realmente não tinha saída assim como vocês devem estar achando agora porem tenho uma noticia que pode mudar a sua concepção agora mesmo  e a noticia é  - Você não vai ficar assim! acredite que não ira mesmo pois existe a luz no fim desse túnel  e você vai encontrar, você vera isso !. Alguns dias atras eu estava vendo matérias sobre esse assunto no Youtube e encontrei um canal de um psicologo que trabalha com um método diferente do convencional e não recomenda medicamentos e ele diz que devemos deixar que venha e mergulhar na escuridão para perceber que existe um sol claro e lindo a nos esperar do outro lado, ele diz que o quanto mais rapido nos colocarmos na cabeça que aquilo ali é uma resposta do nosso corpo e que não ira nos matar e que o controle é todo nosso, mas rapido iremos sair daquela situação sem sequelas ou recaidas. Ele conta a historia de que um dia na adolescencia passou por uma situação de panico e fez uma comparação dessa situação dele para a nossa, ele conta que foi aprender a surfar em uma praia deserta com seus primos e que todos eles ja tinham uma noção de como surfar menos ele e que ele ja entrou no mar com medo de se afogar e então veio uma onda alta e ele não sentiu os pes no chão e pensou estar se afogando e que não teria saida pois na concepção dele ele estava em um local muito fundo e então veio outra onda ainda maior e ele entrou em desespero porem depois que a onda passou ele viu que aonde ele estava tinha um pouco mais de 1 metro de profundidade e que ele não estava se afogando.Isso pode ser comparado com a nossa situação sim pois quando estamos em crise achamos que vamos morrer mas de fato não vamos pois ninguem morre de panico e por isso ele diz que não devemos usar medicamentos nem cair na mão de psiquiatras pois eles nada fazerm alem de tratar as crises e não curar
. Esta guerra entre psicólogos e psiquiatras são bem longa com relação a medicamentos para tratamento de Panico,alguns são contra o uso de medicamentos para o tratamento e sim psicoterapia e etc porem eu optei pela medicação e estou me sentindo muito bem mas é claro que não quero ficar tomando medicação a vida toda e não irei,minha psiquiatra me informou que o meu tratamento é até fevereiro e eu não vejo a hora de ficar livre de gastar dinheiro com medicamentos.Bom, mas voltando o assunto do titulo do post, hoje eu estou na fase de resgate de mim mesma,estou testando minhas habilidades a cada dia e vendo oque posso tomar de volta. São experiências pequenas mas que fazem uma diferença imensa para mim que estava privada de fazer tais coisas. hoje posso correr, andar por ai normalmente sem ter que levar um ansiolítico no bolso de quebra,posso beber cerveja (não muito) mas posso beber normalmente e moderadamente,posso beber coca cola , posso dormir sem ter que tomar ansiolítico,fazer trilhas ou qualquer que seja  o esforço físico sem problemas, voltei a fazer tudo ao que eu podia fazer antes do Panico e isso é uma vitoria imensa para mim e me deixa cada vez mais forte para se um dia vir a crise eu saber como sair dela sem entrar em panico. Voltei a planejar minhas viagens de intercambio e vou voltar ao trabalho no próximo mês depois de 6 meses de auxilio doença e ta rolando até uma paquera por ai rsrs . Então queridos é isso que eu quero deixar registrado aqui para vocês, arranquem as correntes e liberte-se pois você consegue e so depende de você

sábado, 2 de julho de 2016

Sindrome do Panico: Criando uma nova forma de pensar e agir

Olá meus queridos leitores,hoje a minha postagem é mais light e eu não irei falar de problemas e nem de crises de Panico, hoje irei falar sobre maneiras de evitar novas crises e como você deve mudar o seu pensamento perante esse problema.No inicio é normal entrar em desespero e culpar até os Deuses por estar passando por isso mas se você for buscar lá no fundo de si irá perceber que isso é algo provocado apenas por você e por suas atitudes durante a vida. As vezes acumulamos estresse do dia dia com coisas desnecessária, com coisas que não é necessário tanta urgência e acabamos por nos sobrecarregando e fazendo tempestades em um copo D'água e isso só gera problemas para nos mesmos por isso mudar a forma de agir e pensar perante certas coisas é um fator importantíssimo para se ter uma vida mental saudável. Procure ver alem do problema, em vez de xingar e arrancar os cabelos, sorria dos erros e veja apenas como aprendizado para não errar mais e pense que não a nada mais importante do que você estar bem com você mesmo. Não guarde rancor nem ódio, se não gosta de algo se distancie dele e deixe que cada coisa siga o seu caminho, entenda que você não pode controlar o mundo todo e que as vezes é normal que algo saia dos trilhos, de valor a coisas simples da vida, imagine que estando em uma situação de perturbação como essa de Crises de Panico repentinas e pertinentes, seria bom levantar e caminhar no parque ou praticar um esporte sem ter que ficar em alerta total de de repente vir a passar mal, como seria bom poder dormir sem ter que ficar lembrando de medicamentos e horários, como seria bom simplesmente deitar e dormir em paz. Esta vendo? pequenas coisas quando nos são tiradas faz muita diferença e a gente acaba percebendo que é isso que importa pra nos, o nosso bem estar, a nossa vida em cada detalhe dela. Não se lamente tanto ou despragueje tanto até porque antes você tinha tudo isso e não sentia o quanto isso era tão importante e libertador, um simples despertar, um abrir dos olhos, um sorriso, uma caminhada no parque ou bater papo com alguém que você gosta, isto sim são coisas que realmente importa na nossa vida. Nossa família, sim porque quando se fica doente logo se recorre ao colo da mãe como se ela pudesse tirar de você a cruz que você plantou. Se você levar a vida no vibe mais positiva, você vera que um arco-iris imenso se abrirá para você e tudo oque você vai querer fazer é abraçar tudo aquilo e chamar de seu. Você vai deixar de ver só escuridão e sofrimento e lamento e vai aprender a encarar as coisas de outro modo sem agredir a si mesmo, claro que problemas virão e você em um momento vai sentir vontade de soltar aquele palavrão preferido ou ficar puta de raiva com alguma coisa que obviamente de aborreceu, mas não vai deixar que aquilo crie raízes dentro de você. Apenas faça o bem para você a sua mente, o seu corpo e para os outros também, essa é a minha dica alem de é claro, fazer o tratamento e praticar algum exercício físico e ter uma alimentação melhor, sem Álcool e sem extravagancias. No inicio você fica com muita raiva, principalmente aquela galera boemia que curte beber e ficar na noitada ou até mesmo aquela pessoa viciada em café e de repente se vê tendo que dar uma maneirada na cafeina, no Álcool e nas drogas em geral, mas depois você vê que isso não te fez mal e muito pelo contrario, te fez muito bem e você acaba nem sentindo tanta vontade de encher a cara como se não houvesse amanhã ou comer um bocado de bobagem que só vai te fazer mal a longo prazo.O que a gente precisa fazer é cuidar de si, esse é o segredo.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Minha experiência com Sertralina


Olá queridos, tudo bem com vocês?
Passei alguns dias sem postar no blog pois estava com muitas outras coisas pendentes para fazer e então fiquei sem tempo. No post de hoje eu irei falar um pouco sobre a minha experiência com a Sertralina um  antidepressivo que me foi receitado para tratamento de Síndrome do Panico e ansiedade. No inicio como eu havia falado nos posts anteriores eu fiquei com receio de tomar o medicamento por conta dos efeitos colaterais que tinham na bula e também pelas informações que vinham de outras pessoas na internet porem como eu estava precisando sair desse problema, me rendi ao tratamento e hoje vou contar para vocês como esta sendo.
Primeiro dia eu tomei a Sertralina e logo em seguida o Alprazolam pois me senti mal mas depois vi que o que eu estava sentindo não era do medicamento e sim do Panico mesmo de tomar o medicamento temido. Assim que tomei o Alprazolam passou e eu não senti nada alem de gosto amargo na boca .
No segundo dia resolvi anotar qualquer sintoma que eu venha a ter para passar para a Psiquiatra no dia da consulta, então assim que eu tomava o medicamento eu anotava a hora a data e a reação do dia. Nesse dia eu senti muito sono e passava a maior parte do meu dia dormindo muito. Era tomar o medicamento e depois de 20 minutos já me dava muito sono e la se ia o meu dia dormindo . Acordava já no final do dia e não estava gostando dessa rotina de viver dormindo o tempo todo. Com uma semana tomando o medicamento eu já comecei a sentir algumas reações fracas, nada que me assustasse como a bula dizia. Sentia tremores quanto dormia e as vezes uma sensação de tontura, queda de pressão. Com o passar do tempo fui sentindo mais vezes essa tremedeira enquanto dormia e as vezes vinha a sensação de que eu ia passar mal mas não passava a única coisa que me incomodava mesmo era o sono e eu conversei com a minha medica e pedi para ela trocar o horário pois eu não conseguia ficar acordava durante a maior parte do dia. Apos a conversa ela mudou de todas as manhãs para apos a janta e então eu passei a tomar a medicação apos a janta, mais ou menos 20:30 da noite todos os dias e ai conseguia ficar acordada durante o dia normalmente . Além da Sertralina eu tomava antes de dormir o Alprazolam também todos os dias . No geral as minhas reações foram exatamente esses e hoje ainda tomo a Sertralina e não mais o Alprazolam pois a medica disse que não precisava mais tomar e só tomar em caso de se sentir mal porem graças a Deus a muito tempo que não me sinto mal então estou sem tomar o Ansiolítico a 1 mês e pouco e também estou me sentindo muito bem. Tem algumas pessoas que ficam com medo de parar e ter reações e eu até entendo isso e não recomendo parar sem o consentimento do medico pois nada melhor do que um profissional para te auxiliar. Lembrando que essa experiência e essas reações foram no meu organismo e não é igual para todo mundo, pode acontecer de alguém não se sentir bem com o tratamento com a Sertralina assim como pode também acontecer de alguém não sentir nada ,isso varia muito de pessoa para pessoa. Mas uma dica que eu deixo para vocês é, façam o tratamento e não fiquem com medo, se sentir reação fale com seu medico e veja o que ele pode fazer para melhorar isso. Pensamento positivo sempre galera que tudo vai dar certo.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Primeira consulta com o Psiquiatra


Depois de tantas idas e vindas em clínicos eu finalmente consegui agendar uma consulta com uma Psiquiatra  pelo o plano de saúde da empresa. Sim, depois de 3 meses com síndrome do Panico sem acompanhamento psicológico eu pela primeira vez na vida sentei na cadeira de um consultório psiquiatra. Na época me lembro de estar nervosa e com medo das medicações que poderiam ser receitadas até porque antes de ir ao medico eu pesquisei bastante sobre isso e sei que as medicações assustam por conta dos seus efeitos colaterais aterrorizantes,então eu como já sou uma pessoa medrosa com lance de passar mal e etc, já fiquei muito preocupada pensando em como seria e qual medicamento ela iria me passar. Sentei na cadeira e expliquei para a medica tudo que eu estava passando e disse que já tomava por intermédio do clinico um medicamento ansiolítico que era o Bromazepam e que estava com essa crise ansiosa desde dezembro e que precisava de uma solução.  A medica me ouviu e me falou para parar o Bromazepam e me passou Sertralina 25 mg e Alprazolam 0.5 mg e pediu para eu retornar com 30 dias . Me explicou apenas que a Sertralina iria me dar a sensação de quando comemos chocolate e que iria melhor meu humor e me dar mais disposição para fazer minha atividades enquanto o alprazolam iria me ajudar no sono e nas crises ansiosas . Ok, sai da sala maravilhada porque a medica foi muito simpática e também não fez espanto com o meu caso e também o medicamento era tranquilo como comer chocolate SQN!

Ao chegar em casa pulei para o notebook e comecei a pesquisar sobre o medicamento e la se foi toda a minha alegria. A Sertralina não era como comer chocolate como a medica disse e sim era um medicamento antidepressivo e que tinha bastante efeitos colaterais e um deles era aumentar a ansiedade e isso me assustou muito . Comecei a achar que a medica estava errada até porque eu não tinha depressão e não entendia o porque de ela ter passado essa medicação pra mim ( em um post anterior expliquei para vocês sobre os antidepressivos na síndrome do Panico  se quiserem dar uma olhada sera bom parar entender melhor o porque de a medica ter me receitado isso ) e então comecei a adiar o tratamento e me conformar só com o ansiolítico . Pesquisei muito em vários Blogs e sites sobre a medicação e tinha muita gente assustando - me ainda mais  pois a cada site via um desespero pior com relação aos efeitos colaterais. A pior coisa que se pode fazer em um momento desses é ler a bula do medicamento ! lá consta tudo de ruim que se pode ter na vida  de efeito colateral e você acaba ficando com medo do remédio e isso não pode acontecer. Assim ficou eu, com medo do remédio e exitando em tomar o mesmo porem chegou um momento em que eu não poderia mais exitar até porque eu teria que voltar ao medico no próximo mês e ela vai querer saber como foi e eu vou ficar sem ter oque dizer, sem falar que ela me receitou o medicamento como uma profissional que sabe oque esta fazendo então eu ficaria sem cara para voltar ao medico e eu não poderia deixar de ir logo agora que eu consegui uma consulta com a psiquiatra. Toda semana eu dizia que iria iniciar e não iniciava o tratamento e as crises aconteciam e aquilo me aborrecia a ponto de eu finalmente me render ao medicamento e encarar a sorte de não passar por um efeito colateral violento como os nossos coleguinhas dos Blogs que eu visitei. Acordei de manhã e peguei a caixa do medicamento e sentei na cama com uma garrafa nas mãos. Peguei o celular e falei com uma amiga minha e ela disse  - Toma isso logo!! tu não quer ficar boa? não quer viajar ? toma isso logo que não vai ter nada!!  tomo medicamento tem efeito colateral, até dipirona, mas nem todas as pessoas sentem , relaxa e toma de uma vez sem pensar. Antes de tomar eu me vi tão desesperada pelas informações da bula que peguei um papel e uma caneta e escrevi o nome da medicação que eu estava tomando e a hora e escrevi o numero da minha carteirinha do medico para caso eu passasse mal minha mãe me levasse para o medico. Entreguei na mão da minha mãe, voltei pro quarto e me acalmei, peguei aguá com o comprimido e engoli de uma vez só e sentei. 3 minutos apos ter tomado o medicamento eu comecei a suar muito e meu coração disparou, senti meu corpo quente como se eu estivesse com muito calor e suava muito, muito mesmo. Peguei o celular e falei pra minha amiga que estava passando mal, ela disse que não estava não e que isso era Panico por medo do remédio e que ela leu que o medicamento só faz efeito no organismo em 20 minutos e não em 3 e que não tem como ser o remédio o causador daquelas sensações .  Preocupada eu no mesmo momento tomei o Alprazolam por cima da Sertralina  e sentei para esperar melhorar . Os sintomas foram passando e isso foi a prova de que não era o medicamento e sim uma crise de panico por ter tomado o remédio tão temido por mim. Esse foi o meu primeiro dia de medicamento, no próximo post irei falar mais sobre a Sertralina e como foi o processo de aceitação da Sertralina no meu organismo.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Antidepressivos para Síndrome do Panico?


Muitas pessoas quando vão ao psiquiatra ficam surpresas quando são receitados antidepressivos para o seu tratamento da Síndrome do Panico, a primeira coisa que a gente fala é - Antidepressivo? Porque? eu não estou depressiva, meu problema é outro ! Esse medico deve estar errado!

Ao contrario do que as pessoas pensam o que realmente trata a Síndrome do Panico são os antidepressivos e não os ansiolíticos como todo mundo fala. O ansiolítico é mais como um Analgésico para Síndrome do Panico, um paliativo que só faz efeito naquele momento e depois voltam todos os sintomas novamente. Já o antidepressivos diferente dos ansiolíticos não viciam e devem ser usados todos os dias durante o tratamento do problema de acordo com o seu Psiquiatra. Os mais usados para tratamento de Síndrome do Panico são os tricíclicos, que reduzem a intensidade e a frequência no qual ocorre os ataques de panico, alem de diminuir a ansiedade e tratar a depressão caso o paciente tenha. No inicio do tratamento é normal serem receitados os ansiolíticos em conjunto com os antidepressivos pois o tempo de resposta do antidepressivo não é imediato pois é necessário um acumulo diário da substancia para começarem a surtir os efeitos . Geralmente o tempo de resposta dos antidepressivos são de 15 a 20 dias , neste período você já começa a sentir melhorias no quadro não sendo tão necessário tomar ansiolíticos com tanta frequência como no inicio do tratamento. O problema dos antidepressivos são seus efeitos colaterais que  algumas vezes podem assustar a pessoa que esta iniciando o tratamento, por isso é necessário que você tenha o acompanhamento medico para que nada desagradável aconteça e se você sentir que o medicamento esta te dando muitos efeitos colaterais você pode pedir a troca do medicamento para outro que melhor se encaixe ao seu organismo. No inicio do tratamento podem surgir dores de cabeça,enjoou,tontura,ansiedade, porem é necessário ter força de vontade e aguardar os resultados positivos do tratamento e se caso não se adaptar a troca do medicamento sera necessária. Então gente, antidepressivos não é só para depressão assim como psiquiatra não é só para pessoas com problemas mentais graves, fiquem atentos!
Próximo post irei falar sobre a minha experiencia com antidepressivos e qual faço uso, aguardo vocês  !

sábado, 18 de junho de 2016

Sentindo-se incapaz








No post de hoje eu irei contar para vocês sobre alguns momentos em especial em que a Síndrome do Panico me deu a sensação de incapacidade . Como todos sabem a Síndrome do Panico nos faz achar que estamos em alerta o tempo todo e parece que começamos enxergar o perigo nas coisas normais da vida. Eu sempre fui uma pessoa que nunca teve medo de nada então se achar com esse sentimento foi e é simplesmente horrível para mim. Mesmo com Síndrome do Panico e com aqueles pensamentos e sensações que só quem tem isso pode saber,eu lutava contra isso sempre e pensava comigo mesma - Stefany relaxa que nada de ruim ira acontecer. Tinha dias que eu acordava com a certeza de que eu iria morrer,era uma sensação horrível e eu procurava lidar com isso da melhor forma possível mas é claro que por dentro eu me sentia muito triste . Quando eu descobri que estava com Síndrome do Panico foi horrível para mim pois eu sempre fui uma pessoa de ir para onde tinha vontade,de viver a vida intensamente e tinha planos de viajar para outro País e conhecer o mundo todo se possível,sem freios sem dor de cabeça ou ''cordas'' me prendendo e a Síndrome do Panico foi como uma grade me privando de respirar aliviada de fazer as coisas que eu gostava e de poder ser livre e feliz . Eu não podia e não posso mais beber nenhum tipo de bebida Alcoólica e tinha que evitar cafeina no inicio do tratamento.Hoje posso tomar café se eu quiser ou Coca- Cola e coisas do tipo, não muito pois a cafeina ela age diretamente no nosso Sistema Nervoso Central e também aumenta os batimentos cardíacos fazendo com que seu corpo trabalhe mais e produz a dilatação dos vasos periféricos do nosso corpo. Então como eu tinha adquirido problemas ansiosos por conta do medicamento Sineflex que tinha uma dose muito grande de Cafeina em sua capsula, meu medico pediu para evitar a cafeina pois ela da o resultado contrario dos ansiolíticos. Não poder beber Álcool para mim também foi uma coisa chata até porque em reunião com amigos e festas sempre rola uma cerveja, vinho ou algo do tipo e eu tinha que ficar no suquinho ou refrigerante e muitas vezes nem isso. Como o meu problema se iniciou em Dezembro, eu passei meu ano novo sem nem poder brindar com um Sidra e via todo mundo bebendo e fazendo oque queria e eu mal podia pular sem ter que me conter por conta dos batimentos do coração que me incomodava . Era uma tristeza grande você se ver presa por um tempo indeterminado e sem saber um jeito de parar aquilo que te faz mal. Era e é uma luta diária mas hoje com menos intensidade, hoje posso dizer que estou 99% bem, não falo 100% porque ainda tomo medicação então no dia que eu me ver sem medicação eu vou gritar os 100% pode ter certeza. Alem da cafeina, Álcool, e fazer coisas que tivesse esforço físico, eu me via presa a medicação e eu não estava acostumada com isso porque como eu já disse, raramente eu tomava um dipirona pra dor de cabeça e nunca tive nenhuma doença para ter que tomar remédios todos os dias e ainda andar com remédio para uma eventualidade. Era horrível quando alguém me chamava para sair e eu não podia ir porque tinha medo e vergonha de passar mal na frente de alguém ou de algum garoto. Maioria dos meus dias eram dentro de casa e quando saia era com amigos que sabiam que eu tinha aquilo ou um garoto que também sabia que eu tinha isso e que não iria me julgar se eu do nada passar mal na rua ou em qualquer lugar. Depois de um tempo eu fui me acostumando e passei a ir sozinha nos lugares a pegar ônibus e metro sem problemas,ir ao Shopping e etc mas mesmo assim com o remédio na bolsa e uma garrafinha de água guardada ou na mão, SEMPRE. Teve um episodio que eu realmente me senti muito incapaz e eu vou compartilhar com vocês, foi um dia em que fui com minha irmã menor no Cinema assistir Dead Pool. Fomos ao Shopping e eu estava bem, claro, com o medicamento no bolso para caso eu passasse mal, mas estava bem :)

Então fomos passear e comprar algo para comer e depois me direcionei a fila do cinema e o local estava muito cheio e varias pessoas falando ao mesmo tempo e aquilo estava me deixando nervosa . Antes disso na fila do McDonald eu senti um frio na barriga e os pés gelaram, mas eu preferi tirar da cabeça e não dar muita atenção e continuei o meu passeio tranquila mas com aquela sementinha crescendo lá que era a sensação ruim que tinha sentido. Voltando a parte em que eu estava na fila do cinema para entrar na sala, eu realmente comecei a sentir tudo de novo, frio na barriga, os pés gelaram e medo de passar mal em publico e ainda com minha irmã menor sobre a minha responsabilidade. Sentei no banquinho e pedi para ela comprar pipoca e ela não desconfiou que eu passava estava me sentindo mal e eu não queria demonstrar aquilo, esperava que eu conseguisse fazer parar como antes, mas me enganei. Ela voltou com a pipoca e eu provei um pouco da pipoca e logo passou na minha cabeça que a pipoca estava muito salgada e que isso iria fazer minha pressão arterial subir e passar mal ( olha que coisa bizarra de se contar) e então eu disfarcei e não comi a pipoca e deixei na mão da minha irmã. Sem ela perceber peguei o comprimido no bolso ( ansiolítico) e tomei e continuei tentando manter a calma para que ela não percebesse que eu não estava bem. Entramos e encontramos os nossos acentos e o filme começou, não demorei 3 minutos sentada e levantei dizendo que iria ao banheiro. Sai meio tonta da sala de cinema e fui em direção ao banheiro, no caminho do banheiro eu tinha certeza de que iria desmaiar pois essa era a sensação que eu tinha. Os pés frios e suando eu entrei no banheiro,sentei e fiquei tentando manter a calma e respirar fundo só que não estava surtindo efeito porque minha cabeça estava focada em que eu estava longe de casa com minha irmã menor de idade e que se eu passasse mal ela iria ficar sozinha. Mesmo assim tentei respirar fundo e conversar comigo mesma e dizer que estava tudo bem e que nada de ruim iria acontecer e que eu iria voltar e entrar na sala do cinema e assistir meu filme tranquilamente. Levantei,lavei as mãos e o rosto e voltei. Sentei, peguei um chiclete e comecei a mascar e minha irmã perguntou porque demorei e eu disse que o banheiro estava muito cheio ( mentira ). Mais 3 min e eu ainda estava passando mal e eu percebi que o Alprazolam que tomei não fez efeito porque ainda estava passando mal e ele não tinha feito o efeito ainda e aquele pensamento me fez lembrar que já que ele não tinha feito efeito eu poderia piorar mais e mais ali. Não consegui segurar a mascara e falei para minha irmã que não estava me sentindo bem e que estava indo para o banheiro e que se alguma coisa acontecesse ou eu demorar muito que ela fosse la que eu estaria la . Fui para o banheiro tremendo e fria , meu corpo estava tenso e o medo tomando conta de mim, entrei e sentei e senti dor de barriga e fiquei la passando mal e orando a Deus para nada pior acontecer porque eu tinha que tomar conta da minha irmã e teria que voltar para casa com ela e ao mesmo tempo me sentindo um lixo por não ser capaz de ir ao cinema sem passar mal. Fiquei la sem saber oque fazer e desesperada me ajoelhei no chão do banheiro e comecei a implorar a Deus que ele parasse aquela sensação em mim e que me desse forças para eu pelo menos conseguir chegar em casa a salva. O choro era livre e sem saber mais oque fazer peguei meu celular e liguei para o meu irmão que estava no trabalho e disse a ele oque estava acontecendo e pedi para ele não desligar e ficar comigo conversando comigo ou ir me buscar porem ele estava em outra cidade no trabalho e não iria conseguir chegar a tempo ainda mais com o transito do Rio de Janeiro naquele horário. Sem saída eu criei coragem e sai do banheiro com meu irmão ao telefone, tudo oque eu pedia era pra ele não desligar e continuar falando comigo porque assim meu cérebro iria se direcionar para algo que não fosse o Panico e eu iria ficar melhor e foi dito e feito, ele continuou conversando comigo e eu fui com o telefone no ouvido ate a sala do cinema e acenei para minha irmã que estava lá vendo o filme e disse - Vamos embora, pega suas coisas que eu não estou me sentindo bem e preciso ir para casa. Ela pegou tudo prontamente e eu peguei um táxi para casa ( coisa que não era necessário pois dava para ir andando porem meu medo de passar mal na rua me dizia para eu não arriscar ). Cheguei em casa e fui direto pro banheiro chorar , chorei muito esse dia e o sentimento de incapacidade acabava comigo e eu não queria aceitar aquilo que eu estava vivendo . Essa foi a primeira e ultima vez que eu passei mal na rua com Síndrome do Panico.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Pedras no meio do caminho

Para quem tem Síndrome do Panico e ainda não tem acesso ao medico especializado (psicólogos e psiquiatras) o buraco é um pouquinho mais fundo para conseguir medicamentos controlados. Primeiro que para qualquer medicamento controlado como todos sabem é necessário receita medica informando que você toma tal medicamento. Até ai tudo bem,certo?
Sim, certo! porem o problema maior é você conseguir que um Clinico te passe receitas de medicamentos tarja preta . Eu não sei em outros estados do Brasil mas aqui no Rio de Janeiro existe uma certa dificuldade em achar um Clinico que não diga assim na sua cara - Não posso fazer nada neste caso. O ideal é você procurar um Psiquiatra para que ele te passe o medicamento certo para você, porque eu não posso te passar medicações pois sou Clinico e não Psiquiatra!
Claro, todos sabemos que se ele quiser fazer com o jeitinho Brasileiro ele pode simplesmente tacar o FODA-SE e te dar uma receita com um ansiolítico qualquer e te mandar para casa, sim ele pode, mas não deve.

No inicio eu até que conseguia com uma amiga minha a receita para a minha pilula da felicidade porem chegou um tempo em que o medico dela entrou de ferias e ai eu não tive outra saída a não ser fingir que estava dodói de algo físico para conseguir um atendimento nas clinicas de emergência particular ou publica. Algumas vezes obtive sucesso e fica feliz por poder respirar aliviada por mais um mês com o meu remedinho preferido, mas quando ele estava no fim eu já ficava preocupada para saber como eu iria fazer para arrumar mais Bromazepam sem ter um Psiquiatra para receitar. Sim, você fica refém do medicamento e é como se só ele pudesse te ajudar a pelo menos viver ''normalmente'' sem passar mal o tempo todo nos lugares e até mesmo em casa.

Bem como eu já havia dito nos posts anteriores o Bromazepam mesmo me privando das crises de Panico e ansiedade ele me tirava o sono e eu não conseguia dormir a noite e isso estava me preocupando muito. Era carnaval e eu e meus amigos iriamos para Teresópolis curtir o nosso feriado na tranquilidade num condomínio muito maneiro de um amigo nosso e eu mesmo com todo esse problema queria poder ir e participar dessa viajem até porque era um lugar longe da loucura da cidade grande e com muita coisas para espairecer a mente e eu achava que isso seria bom para mim então 1 semana antes de viajar eu resolvi ir ao clinico e falar para ele sobre as minhas insonias e pedir para ele me passar um ansiolítico mais forte ou que pelo menos não me tirasse o sono como o Bromazepam. E foi dito e feito! o medico me atendeu e por um milagre não pestanejou por se tratar de um tarja preta e trocou o meu medicamento de Bromazepam 3 mg  para Alprazolam 0,5 mg.

Ja sai do consultório direto para a farmácia e comprei o tal Alprazolam e fui para casa.  Ao chegar em casa confirmei a minha ida para os meus amigos e fui fazer a tal experiencia com o Alprazolam durante a noite. Sim, para quem tem Síndrome do Panico tudo novo é uma experiencia que pode ser uma droga e você passar mal ou pode te fazer dormir e te tirar do inferno que te rodeia. Enfim,deu 22:00 eu fiquei muito nervosa em tomar o novo medicamento com medo de algo dar errado e eu passar mal, porem eu precisava tentar e então abri a caixa e tomei o medicamento e sentei para esperar o que iria acontecer. O medo tomando conta de mim mas mesmo assim não abaixei a cabeça e fui em frente e quando menos percebi eu dormi maravilhosamente e a noite inteirinha sem acordar nem para o xixizinho noturno rsrsr. No dia seguinte estava bem como sempre porem no final do dia sentia a necessidade de mais 1 comprimido mas não tomava, sempre tentava doutrinar o meu corpo a se satisfazer com aquela meia miligrama de alprazolam e estava dando certo. No dia da viagem eu fui tranquila e foram 4 horas e meia de viagem de ônibus até Teresópolis e eu fui maravilhosamente bem e estava orgulhosa de mim por isso, por um instante parecia que tudo tinha acabado e ali era so eu e eu mesma, sem a sombra do panico ao meu lado. Passamos 5 dias no clube no qual eu participei de tudo : Jogamos Voley, futebol, ficamos na piscina e depois ping pong e sinuca e tudo estava indo muito bem e eu estava muito orgulhosa de mim por isso. Quando vinha o frio na barriga eu respirava fundo, tentava me controlar e ele ia embora. E eu ia testando cada vez mais a minha capacidade de controlar o incontrolável. Uma semana depois desse maravilhoso momento de feriado eu já estava sentindo mais vezes o frio na barriga mas já estava encarando ele de uma forma mais diferente e estava disposta a controlar e tentar fazer com que aquilo fosse embora sem eu ter a necessidade de tomar mais um ansiolítico no dia e assim eu fui seguindo até um dia. No próximo post eu irei contar sobre um momento muito chato na qual eu passei com a Síndrome do Panico. Continue acompanhando meu Blog e qualquer pergunta eu estou aqui sempre para responder e ajudar.